terça-feira, 26 de janeiro de 2010

1.1.2 Mineralização e salinidade

Ao atravessar solos de diversos tipos, ou em contacto com eles, a água vai dissolver
alguns dos seus constituintes, primariamente sais, mas também alguns compostos
moleculares, como a sílica, SiO2 , processo que se designa por mineralização, o que
explica por que é que as características de uma água dependem do local onde nasce e do
tipo de solos que atravessa, conforme já referimos, e verificámos, anteriormente.
As espécies químicas mais comuns em águas doces naturais, para consumo humano, e
respectivas concentrações médias, estão abaixo indicadas no quadro 1.

Espécies iónicas, e respectiva concentração, mais comuns em águas doces naturais para
consumo humano.

A mineralização pode ser expressa através do quociente da massa de material
inorgânico existente por litro de água, i.e., em −1 mg L , ou ppm.
A mineralização é em parte devida à dissolução do dióxido de carbono da atmosfera, o
que leva, como já vimos anteriormente, a um elevado teor em hidrogenocarbonato

e à acidificação das águas, potenciando a dissolução de outras espécies.
A mineralização da água pode ser determinada através da sua condutividade, uma vez
que existe uma relação entre a concentração de iões dissolvidos na água e a resistência
que oferece á passagem de corrente eléctrica. Uma condutividade anormalmente
elevada pode ser sinónimo de poluição de origem inorgânica.

A água do mar apresenta uma condutividade mais elevada que a água doce, o que leva à
conclusão que a taxa de espécies iónicas presentes na água do mar é maior, pois mais de
99% das substâncias dissolvidas na água do mar são sais. O quadro 2, abaixo, apresenta
as espécies iónicas presentes na água do mar, e a respectiva concentração em massa.

Espécies iónicas, e respectiva concentração, na água do mar

O quociente entre a massa de sais dissolvidos, expressa em g, por cada kg dessa água
toma a designação de salinidade da água, a qual em mares e oceanos apresenta valores
entre 7 a 43 g/kg.

A salinidade varia entre os vários mares e oceanos mas as proporções relativas dos seus
constituintes, ou seja, a % (m/msais) indicada no quadro 2, mantém-se constante, o que
possibilita exprimir a salinidade da água a partir do teor em cloretos.
Assim:É de realçar que a elevada salinidade da água do mar resulta do arrastamento de muitos
sais solúveis para os oceanos através dos rios e também das emissões feitas por vulcões
submarinos.







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